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Amor memorável

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Amor memorável 

façam isto em memória de mim (1 Coríntios11.24b)

Poderia ter sido uma escultura dele andando sobre as águas, ou um monumento com ondas e tempestades sendo acalmadas por sua voz, ou estátuas de paralíticos andando, cegos vendo, mortos ressuscitando, ou pinturas com multidões assentadas para ouvi-lo, ou uma infinidade de outros tipos de memoriais para homenagear suas contribuições e legados. Mas o jeito que Jesus quis ser lembrado foi através da celebração da ceia: façam isto (a ceia) em memória de mim. Ali expressou seu amor memorável. O que vem à memória?

Vem a memória da comunhão à mesa. O evangelista captou de maneira precisa quando Jesus falou: Tenho desejado ansiosamente comer esta Páscoa com vocês (Lucas 22.15a). O evangelho de Jesus segundo Jesus tem mais relação com a mesa do que com o palco, mais com a intimidade do que com multidões, mais com profundidade do que com popularidade. Jesus contraria o modismo do fastfood, do comer em pé, do comer por comer, do comer sozinho. Valoriza o relacionamento e o convívio. Estimula a boa conversa e a sinceridade. Desenvolve a amizade e a intimidade. Isso é tão verdadeiro que, na eternidade, tudo começará ao redor da mesa, nas bodas do Cordeiro (Apocalipse 19.7, 9). Inesquecível, memorável.

Vem a memória do sofrimento na cruz. Antes do meu sofrimento (Lucas 22.15b), foram palavras marcantes antes de tomar o pão e o cálice. Nas mãos de Jesus, elementos ordinários tornam-se extraordinários, alimentos perecíveis ganham significado de eternidade, itens comuns revestem-se de excepcionalidade. O pão partido representa seu corpo rasgado por nós. O cálice compartilhado representa o sangue derramado para a nova aliança. Ambos indicam que o processo de sua crucificação foi fisicamente cruel, emocionalmente humilhante e espiritualmente agonizante em sua pior forma. Apesar da crueldade física, humilhação emocional e agonia espiritual, Jesus, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, ou seja, não se importando com tudo o que sofreu (Hebreus 12.2). Falou do sofrimento de maneira serena, anteviu sua dor sem hesitar na decisão, anunciou sua morte sem se vitimizar. Inesquecível. Memorável.

Vem a memória da ressurreição em poder. Novamente o evangelista é preciso em registrar Jesus dizendo: Pois eu lhes digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no Reino de Deus (Lucas 22.16). Jesus estava certo de sua ressurreição. A cruz não era o fim, mas o meio. A aparente derrota escondia o grande triunfo. Foi a morte que morreu. Jesus ressuscitou na incorrupção, ressuscitou em glória, ressuscitou em poder, ressuscitou corpo espiritual (1 Coríntios 15.42-44). Ressuscitou para nunca mais morrer. Ressuscitou para nos fazer ressuscitar. Venceu a nossa morte para nos dar a sua vida. Inesquecível. Memorável.

Vem a memória da volta iminente. O apóstolo captou de maneira fabulosa: todas as vezes que comerem este pão e beberem o cálice, vocês anunciam a morte do Senhor, até que ele venha (1 Coríntios 11.26). Linda expressão de fé e confiança: até que Ele venha! Existem 1865 profecias referentes à volta de Jesus, seis vezes mais que as profecias sobre sua primeira vinda (320). Somente quatro livros (Gálatas, Filemon, 2 e 3 João) dos 27 do Novo Testamento não citam a segunda vinda. Quer seja na sua iminente volta ou na nossa indubitável ida, o fato é que não passará de uma geração até que tudo se cumpra. Inesquecível. Memorável.

Uma refeição memorável digna de ser rememorada: assim podemos nos referir à ceia entre Jesus e seus discípulos naquela noite quando ele foi traído. Nenhuma outra refeição feita nos mais luxuosos palácios ou elaborada pelos mais renomados chefs teve a repercussão como essa singela e significativa ceia. Exatamente essa refeição foi a escolha de como Jesus queria ser lembrado por nós nos dias de hoje. Ele mesmo nos convida agora para nos assentarmos à mesa e desfrutarmos mais do seu amor memorável.

Rodolfo Montosa

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